
Em uma democracia, governantes que conclamam a população a festejar uma ditadura de assassinos, de corruptos e de torturadores que tomou o seu próprio país por 20 anos seriam objetos imediato de destituição.
A democracia não aceita que o ocupante do lugar da Presidência atente tão abertamente contra ela, saudando aqueles que a destruíram”, diz o colunista Vladimir Safatle.
No Brasil, que parece apenas esperar o golpe de misericórdia para institucionalizar a sua situação autoritária de fato, colocações dessa natureza só podem ser barradas mostrando qual é o preço de uma nova ditadura, quantas vozes nas ruas ela precisará calar, contra quanta violência legítima, vinda do direito fundamental de resistência, ela precisará responder. O dia 31 de março sempre será, na história deste país, o dia da infâmia e da vergonha. Se alguém esqueceu, nós podemos lembrá-lo”, aponta.