
As denúncias relatadas pelos candidatos sobre supostas irregularidades no concurso público da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino (Seduc) serão investigadas pela Polícia Civil, confirmou o delegado-geral Mariolino Brito.
As audiências com os denunciantes e representantes da institição organizadora do certame devem iniciar nesta segunda-feira, dia 9, informou a assessoria de comunicação da PC.
O passo inicial para a investigação serão os boletins de ocorrência feitos pelos candidatos que se sentiram prejudicados e que foram registrados no 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP da Zona Leste), 19º (que abrange a Estrada da Ponta Negra, na Zona Oeste) e na delegacia interativa comunitária. As reclamações se baseiam no atraso do caderno de provas e em problemas logísticos.
“A Polícia Civil do Amazonas, representada pelo delegado-geral, Mariolino Brito, informa que iniciou os trâmites legais para apurar as denúncias relativas as provas do Concurso Público da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), realizado na manhã de domingo (8/7), a partir dos registros de Boletins de Ocorrência (BOs) feitos nos Distritos Integrados de Polícia e via Delegacia Interativa. Todos os envolvidos, entre candidatos e representantes da instituição organizadora do certame, serão ouvidos a partir desta segunda-feira (9/7)”, diz a nota oficial divulgada pela assessoria da Polícia Civil.
Pela manhã, candidatos da Escola Estadual Karla Patrícia Barros de Azevedo, no Tarumã, se recusaram a fazer a prova após a ausência de cadernos de exames para alguns deles. Foram divulgadas reclamações nos municípios de Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira e Maués por conta de cadernos de provas que teriam sido, de acordo com candidatos, trazidos aos locais de prova em “mototáxis e dentro de sacos de trigo”.
Já em nota enviada pela Seduc sobre o ocorrido, o órgão esclarece que, sobre os problemas ocorridos na Escola Estadual Karla Patrícia Barros de Azevedo, “durante a aplicação do concurso, na escola, faltaram provas para alguns candidatos. De imediato a coordenação do certame solucionou o problema trazendo provas extras, que existem para eventualidades como essas. As provas extras foram conduzidas da base do instituto organizador do certame por motoqueiros da Polícia Militar e escoltadas por batedores da PM. As provas estavam em malotes lacrados. Quando as provas extras chegaram à escola, o grupo de candidatos se recusou a aceitar as provas e saiu da sala. A alegação deles era que as provas não tinham os nomes deles, mas nas provas extras não constam nomes de nenhum candidato pois são criadas para solucionar problemas dessa natureza. O conteúdo das provas extras são os mesmos das personalizadas.
A Seduc informa que por conta desse incidente o certame na escola começou às 8h45, mas a coordenação ampliou o prazo de encerramento para às 11h50, não havendo prejuízo de tempo”.
Já sobre a informação que provas de Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira e Maués terem sido levadas até a escola de mototáxi e em sacos de trigo, a secretária desmentiu tais fatos e disse que as notícias são falsas.
O secretário de Educação, Lourenço Braga, comentou que não vê irregularidade se, porventura, as provas tivessem chegado ao local da avaliação dentro de sacos de trigo. A Seduc informou que as provas que chegaram em motocicletas foram levadas em motos da Polícia Militar, já que as mesmas estavam guardadas no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).