Bombeiros encontram crânio em meio aos escombros do Museu Nacional
Crânio encontrado pode ser de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América.

Os bombeiros que trabalham no que restou do prédio do Museu Nacional na manhã desta terça-feira (4) encontraram um crânio em meio aos escombros. Ele pode ser de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América. Um grupo de especialistas vai analisar o material.
Um bombeiro que trabalhou no controle das chamas contou que tentou resgatar Luzia, mas acabou ferido. Ao se arriscar no museu em chamas, ele relatou o desespero ao abrir um armário e só encontrar um ferro “incandescente”. Segundo ele, a alta temperatura do material derreteu a luva que o protegia do fogo e queimou seus dedos.
“Fizemos um esforço gigantesco e conseguimos nos aproximar e abrir o armário. Ao procurar Luzia, encontrei vazio e um ferro incandescente que derreteu minha luva e queimou meus dedos. Doeu, muito. Saí da sala e chorei. De dor? Não. De frustração,” destacou o soldado Rafael Luz.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/D/N/2hc0jrS9Ajrp5A19zd1w/luzia-edit2.jpg)
A chuva durante a madrugada desta terça-feira (4) ajudou a apagar alguns focos de incêndio. Ainda assim, alguns deles voltaram a aparecer por volta das 6h. Os agentes seguem de prontidão no local.
A Defesa Civil do Rio de Janeiro informou na segunda-feira (3) que o local está interditado. Técnicos do órgão identificaram que “existe um grande risco de desabamento, que pode ocorrer com a queda de trechos remanescentes de laje, parte do telhado que caiu e paredes divisórias do prédio”. Na área externa, no entanto, a avaliação destaca que “devido à espessura das fachadas, não há risco iminente”.
Mesmo assim, na parte externa “foram constatados problemas pontuais, como queda de revestimento, adornos e materiais decorativos (estátuas) fazendo com que a área de projeção das fachadas também permaneça isolada”.