Juíza determina o bloqueio de R$ 11,5 milhões de Aécio Neves
A medida foi instaurada após descoberta de voos de Aécio em aeronaves de Minas, de 2003 a março de 2010.

A Justiça em Belo Horizonte determinou o bloqueio de bens do deputado federal Aécio Neves (PSDB) no valor de R$ 11,5 milhões. A decisão atendeu pedido de liminar do MPE (Ministério Público Estadual), que ingressou ação de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito contra o tucano por uso injustificado de aeronaves do Estado quando ele era governador.
A investigação do MPE foi instaurada depois de o jornalismo da Record TV revelar, com exclusividade, a relação de voos de Aécio em aeronaves de Minas, de 2003 a março de 2010. O pedido de bloqueio de bens é uma medida para assegurar eventual ressarcimento dos gastos aos cofres públicos no fim do processo.
Segundo o MPE, foram realizadas 1.424 deslocamentos em aviões e helicópteros do Estado. Às custas do contribuinte mineiro, ele voou 116 vezes para Cláudio, a 150 Km de Belo Horizonte, cidade o político possui fazenda e, na época em que era governador, desapropriou parte de um terreno de familiares para construir um aeroporto ao custo de R$ 14 milhões. Outros 138 deslocamentos foram para o Rio de Janeiro, onde Aécio tem residência.
Decisão
Ao atender o pedido de liminar, à Justiça em Belo Horizonte afirmou Aécio “utilizou da máquina pública, quando na função de Governador de Estado, para fins escusos, realizando mais de 1.000 viagens em aeronaves oficiais sem justificar a finalidade. Dessa forma, o requerido ignorou o principio da Publicidade e da Probidade da Administração Pública, utilizando-se de dinheiro público em benefício próprio”.
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