Cotidiano

“Nunca pensei ver minha filha no caixão”, diz mãe de palmeirense morta

Velório da torcedora palmeirense Gabriela Marchiano reúne familiares e amigos em Embu das Artes; torcidas organizam ato contra violência

Familiares, amigos e torcedores do Palmeiras prestam homenagens na manhã desta terça-feira (11/7) a Gabriela Anelli Marchiano, no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, onde o corpo dela é velado.

O enterro está previsto para as 13h.
Gabriela, de 23 anos, morreu após ser atingida no pescoço por uma garrafada quando estava no entorno do Allianz Parque, em São Paulo, horas antes da partida entre Palmeiras e Flamengo, no sábado (8/7).

Velório da torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano Renan Porto/Metrópoles

Dezenas de integrantes das torcidas organizadas Mancha Verde, Porks, TUP e Savoia preparam um ato de protesto contra a violência durante o cortejo fúnebre, com bandeirões e bateria.

À imprensa, a mãe de Gabriela, Lucilene Anelli, defendeu a paz nos estádios. “Penso que os jovens pensem mais. É só um jogo”, afirmou.

“Nunca imaginei ver minha filha na UTI do jeito que eu vi, no caixão. Me dá um desespero. Ao mesmo tempo, a força que vem lá de cima é muito grande”, disse.
“Eu vou chorar muito porque não vou ter o sorriso dela comigo tomando café da manhã. Mas vou ter o sorriso dela nas fotos”, afirmou a mãe.

Investigação
O delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão ao Delito Esportivo, disse ao Metrópoles nesta terça-feira (11/7) que o suspeito de atirar a garrafa de vidro que atingiu a torcedora palmeirense mudou de versão e negou que tenha atirado garrafas durante a briga entre torcedores. Leonardo foi preso pela Polícia Civil no próprio sábado.

“No momento da prisão do autor, ele informalmente confessa que no momento da briga ele estava na confusão e que ele teria arremessado coisas na direção da torcida do Palmeiras. Ele fala: ‘Eu arremessei, eu joguei garrafa’. Depois, já sabendo do estado da Gabriela, ele disse em depoimento ter arremessado pedras de gelo”, afirmou o delegado Saad.
Também em entrevista ao Metrópoles nesta terça, o delegado Saad afirmou que Gabriela entrou em uma área designada à torcida do Flamengo pouco antes de ser atingida.

“Antes do fechamento daquele tapume, a torcida do Palmeiras, inclusive Gabriela, estava indo em direção à torcida do Flamengo. Aí começa um bate-boca. Até então, não tinha tido contato físico nem nada”, afirmou Saad.

 

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